segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Electro Funk

O “funk” que se ouve nos “bailes funk” Brasil afora é, como quase tudo que vem da periferia, de uma mistura de pouca informação, muito talento de improvisação, capacidade de adaptação e o molho de criatividade que só o brasileiro tem. Nossa história começa nos anos 70, quando toda a negrada de todas as quebradas das capitais do eixo Sul-Sudeste tinham, como forma de lazer, os bailes Black. Disco music, funk, soul e samba-rock embalavam as juventudes negras e brancas pobres das metrópoles. No Rio de Janeiro, o termo “baile black” não era muito utilizado, o que se dizia por lá era “baile funk”, já que este era o ritmo que imperava.Pois bem, esta é apenas uma das peculiaridades dos bailes do Rio. Outra peculiaridade é que, se compararmos a São Paulo, encontraremos outras diferenças vitais para entendermos como chegamos ao “funk” de hoje: São Paulo e Rio tinham basicamente o mesmo repertório de sons, mas os cariocas sempre preferiram os ritmos mais rápidos. Funks com batidas mais frenéticas, enquanto que São Paulo sempre foi mais do soul mais arrastado, daquele de se dançar deslizando no salão, algo como “Same Beat” de James Brown ou “Funk Worm” de Ohio Players, enquanto o Rio sempre foi mais para “Dance On The Floor” de Jimmy “Bo” Horn ou “Think” de Lynn Colins, que são sons mais rápidos.

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