Talvez a principal seja que, nesse estilo musical, a tão
sonhada igualdade entre homens e mulheres foi alcançada. Algumas pessoas dizem
que o funk vulgariza a mulher e a trata como um pedaço de carne cuja única
função é fazer sexo, mas isso não é verdade... O funk vulgariza o ser humano e
o trata como um pedaço de carne cuja única função é fazer sexo. Não há
distinção de gêneros...rsrs
Claro, talvez eu esteja generalizando demais... com certeza,
alguém vai lembrar das músicas românticas de Claudinho e Buchecha, ou então, de
algum funkeiro que falava sobre as mazelas da sociedade, pois o funk, assim
como o rap, tem sua origem na periferia.
Mas não é generalização nenhuma dizer que, hoje, 99% do funk
seja só sexo ou que 100% do funk que meus vizinhos escutam seja só sexo.
Para mim, não há problema nenhum em não se utilizar de meias
palavras ao falar de sexo. Esse estilo mais realista, às vezes, o funk me faz
lembrar a obra "O Primo Basílio" de Eça de Queiroz. Não sei se você
já leu, mas, nesse livro, há uma parte em que o autor descreve uma cena de sexo
oral entre a Luíza e o Primo Basílio com um detalhamento só alcançado por um
grande mestre do parnaseanismo. Mas o livro não é só isso, não é só sexo. Ele
também é uma crítica aos romances românticos que, supostamente, deixariam as
mulheres bobas e mais sujeitas a relacionamentos extra-conjugais por fazê-las
procurarem por uma coisa que, supostamente, não existiria.
Além disso, tem uma música dos titãs que eu gosto pra
caramba chamada clitóris. Essa é uma música que praticamente só fala de sexo. E
fala da mesma forma que é falado em qualquer funk. Mas os titãs não é uma banda
que fala apenas disso em suas músicas, também falam de politica, amor,
religião, drogas, filosofia e etc... Já o funk, é meio monotemático.
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